Que o Brasil é um país tropical todo mundo já sabe, mas que o Brasil possui altos índices solarimétricos, nem todo mundo sabe ainda… Mesmo estando entre os 20 países líderes em energia solar no mundo, ainda aproveitamos muito pouco a potência do sol para a geração de energia, já que ela ainda representa menos de 2% da matriz elétrica brasileira.
Mas por que temos altos índices solarimétricos e como nosso país deveria aproveitá-los para se desenvolver ainda mais dentro do mercado fotovoltaico? Vamos lá!
O que é índice solarimétrico e por que o Brasil possui ótimos índices?
Você deve estar se perguntando, mas o que é índice solarimétrico? Bom, podemos dizer que é a quantidade de luz solar incidente. Esse índice tem como principal objetivo mensurar o potencial de insolação em um determinado espaço. Geralmente, ele é utilizado em locais onde o sistema fotovoltaico será instalado.
O sol é a principal fonte de energia terrena, além de ser o responsável pela existência de vida no planeta. A energia gerada por ele acontece por meio de reações termonucleares, que quando produzida chega à terra parcialmente em forma de ondas eletromagnéticas.
A intensidade dessa radiação chega a 1366 kW/m², porém ela depende de uma série de fatores como:
– Condições atmosféricas
– Disponibilidade de radiação solar
– Latitude local
– Posição no tempo (hora do dia e dia do ano)
Mas, por que o Brasil possui ótimos índices solarimétricos?
Bom, isso acontece porque a incidência solar no Brasil é resultado da inclinação do eixo imaginário em torno do qual o planeta Terra gira diariamente.
Diante do movimento de translação temos dois principais eventos, o solstício e o equinócio.
O primeiro está relacionado ao momento em que o Sol atinge maior declinação em latitude em relação à linha do Equador. Fazendo com que o hemisfério Norte e Sul recebam muito mais radiação solar. No Brasil esse evento tem início em dezembro, onde o sol incide com maior intensidade sobre o Trópico de Capricórnio e o seu término no início de julho, quando o sol incide sobre o Trópico de Câncer.
Já o Equinócio se caracteriza pelo momento em que nenhum dos polos está inclinado em relação ao sol. Desta forma, os raios solares incidem com a mesma intensidade tanto no hemisfério Norte como no Sul.
Isso faz com que o Brasil tenha um dos maiores potenciais do mundo para a geração de energia solar, uma vez que o índice de radiação solar seja duas vezes maior do que muitos lugares do mundo.
Segundo uma pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território brasileiro recebe mais de 2 mil horas anuais de insolação, correspondente a 15 trilhões de megawatts.
Diante desse cenário, toda essa energia fornecida pelo sol poderia ser utilizada para que a energia solar fotovoltaica fosse melhor aproveitada no país, por ser renovável, sustentável e muito mais eficiente e econômica.
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