Em seu novo Plano de Negócios, a Petrobrás prevê retorno de investimentos em energias renováveis, assim como a Energia Solar.

Petrobrás e energia solar

Empresa acompanha tendência de economia mundial de baixo carbono

Após um período de redução de custos, priorizando investimentos na exploração e produção de petróleo, a estatal divulgou seu mais atual Plano de Negócios 2018/22.

A Petrobrás que no ano de 2017 investiu apenas R$ 11,4 milhões em energias solar e eólica, focados em pesquisas. E inaugurou seus últimos projetos de geração solar em 2014, e de energia eólica em 2011. Afirma que de agora em diante, seu foco será em produção de energias de baixo carbono.

Diante de um auge de desinvestimentos em produção, a notícia causa surpresa entre as associações de energia renovável no Brasil, como comentado por Ricardo Barros, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica:

“É muito bom ver grandes players como a Petrobras entrarem nesse negócio. Isso só mostra que a solar é a energia do presente e não mais a energia do futuro, como sempre dizem”.

Neste plano, a empresa anuncia que acompanhará uma tendência mundial de economia baseada em energias renováveis, e aproveitará o grande potencial do Brasil para a produção de energias solar e eólica.

Na última terça-feira (10), a Petrobrás divulgou ter assinado um memorando de entendimentos com a Total Eren, uma empresa francesa de petróleo, para que desenvolvam juntos projetos de energias renováveis.

O foco dessa parceria, que pode vir a se tornar a criação ou aquisição de novas empresas, é em projetos de geração solar e parques eólicos em terra (onshore) no Nordeste brasileiro.

Segundo o diretor da companhia, Nelson Silva, ainda não existem estimativas de investimentos. Mas afirmou que o objetivo de ambas as empresas, é identificar oportunidades em novos projetos, e aumentar a capacidade de matriz energética renovável no Brasil em 20%.

Atualmente, o Brasil conta com apenas 8% de matriz energética renovável, e a Petrobrás está presente em quatro projetos de energia eólica no Nordeste, que juntos somam um total de 104 megawatts (MW) de capacidade.

Já a Total Eren, empresa parceira da Petrobrás, conta atualmente com 950 megawatts em ativos de energia solar, eólica e hidrelétrica pelo mundo, e tem como meta, atingir 3 gigawatts até o ano de 2022.

Leilões promovidos pelo governo federal, para viabilizar a criação de usinas de geração no Brasil, são um dos principais alvos dessa parceria.

Através destes leilões, as empresas se comprometem a entregar usinas em no máximo 6 anos, e podem, posteriormente, obter contratos de longo prazo para a venda da produção futura dos empreendimentos.

Energias renováveis em 2019

Petrobrás já menciona energia solar em seu plano de negócios para o próximo ano

Embora a Petrobrás ainda não tenha estimado os investimentos que serão realizados no campo, o diretor da empresa afirma que para o ano que vem, a empresa tem interesse em crescer no campo das energias renováveis:

“Hoje não temos dotação orçamentária para esses investimentos porque ainda não identificamos as oportunidades, mas estamos sinalizando que a empresa tem, sim, interesse em crescer na geração tanto eólica quanto solar, saindo do estágio um pouco mais inicial em que ela se encontra hoje”, afirmou Nelson Silva.

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