Devido a pandemia da covid-19, a energia solar vem se tornando pauta principal entre aqueles que buscam revisar os modos de produção e buscar alternativas mais sustentáveis para o mundo.
A Energia Solar Fotovoltaica é uma das formas mais baratas de produção de energia e também com maior recurso renovável. Segundo o Painel Intergovernamentel sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a energia solar representa 95% de todo o recurso renovável do planeta.
No Brasil, já existem mais de 300 mil unidades de sistemas fotovoltaicos instalados. Pode parecer muito, mas dentro de uma economia de 84 milhões de consumidores de energia elétrica, este número representa apenas 0,5% de adesão.
E dessa forma, a energia solar é responsável por apenas 2% da produção de energia nacional, o que ainda é pouco, comparado a outros países que muitas vezes possuem menores índices solarimétricos.
O mercado global de energia solar também sentirá uma retração de 4% neste ano. O motivo está atrelado à redução de demanda, restrições no trabalho e problemas no fornecimento de produtos, devido à pandemia do coronavírus.
Entretanto, segundo a pesquisa Global Market Outlook da associação SolarPower Europe, este mesmo mercado pode passar por um forte crescimento nos próximos 4 anos. Mas para isso, é preciso incentivo do governo às fontes renováveis.
O presidente do conselho da Global Solar Council, Gianni Chainetta, tem opinião forte sobre a possibilidade da energia solar ser uma decisão importante para a recuperação dos efeitos econômicos causados pela pandemia:
“Conforme nós saímos da fase mais aguda da crise de saúde, é imperativo que o setor fotovoltaico e toda sua cadeia de valor retomem as atividades para garantir investimentos, empregos e negócios. Mas a pandemia abriu os olhos para a necessidade de colocar a energia solar no coração de políticas estímulo em função do seu potencial de conectar proteção ambiental com saúde pública”.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), durante as crises de 2015 e 2016, a energia solar foi importante para a recuperação da economia do país, quando apresentou crescimento de 104% e 125%.
Este tipo de tecnologia renovável influencia positivamente no mercado interno através da geração de empregos e pelo aumento da geração de renda, principalmente de pequenas e médias empresas, através de diminuição dos custos mensais.
Também segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a cada dólar investido em energias renováveis e medidas de eficiência energética, economiza-se até 8 dólares em gastos para remediar impactos ambientais e sociais, causados por outras fontes de energia.
Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR também acredita na energia solar como ferramenta estratégica para a recuperação da economia brasileira:
“É uma opção importante de geração de emprego e renda rápida e distribuída nos municípios porque as pessoas podem gerar sua própria energia em casa, no pequeno comércio, na indústria, nos prédios públicos ou em propriedades rurais”.
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Fonte: Portal Solar