Conforme havia dito no artigo anterior, a Tesla precisa de um texto específico sobre seus avanços no que se trata da aplicação de baterias em sistemas fotovoltaicos.
Como todos devem ter visto nos últimos meses, a Tesla anunciou sua mega fábrica de U$ 5 bilhões, a qual viabilizou a entrada em funcionamento no primeiro de três gigantescas usinas de armazenamento de energia no sul da Califórnia.
Qualquer um desses projetos individualmente já teria sido a maior instalação de armazenamento em baterias já construída. Combinados, eles representam 15% do armazenamento de baterias instalado no planeta no último ano.
O mais incrível é que a Tesla completou este projeto em menos de 6 meses, cumprindo a necessidade da empresa de energia (o que deveria levar anos).
Desta forma saímos dos pequenos pilotos pontuais da utilização das baterias de Lítio-Íon em pequena escala e passamos a ter a referência deste mega empreendimento da Tesla.
Neste ritmo os preços das baterias de Lítio-íon caíram rapidamente, para quase a metade desde 2014.
Os carros elétricos são amplamente responsáveis, aumentando a demanda e exigindo uma nova escala de fabricação para as mesmas células de bateria usadas no armazenamento da rede.
A Tesla tem como objetivo entregar sozinha 15 GWh de armazenamento de bateria por ano até 2020 – o suficiente para fornecer várias usinas nucleares – valor de eletricidade para a rede durante as horas de pico da demanda.
Já sua concorrente nesta área, a AES, está fazendo testes finais de sua usina de 30 MW / 120 MWh que é ainda maior do que os 20 MW / 80 MWh da Tesla.
A AES também está trabalhando em um projeto de longo prazo que será cinco vezes o tamanho do projeto de Tesla quando estiver concluída em 2021. Essa é uma escala que teria sido inimaginável há uma década.
A maior diferença entra a Tesla e a AES, é que a Tesla está construindo os componentes de suas unidades de armazenamento em sua própria Gigafactory, incluindo células de baterias (com a parceira da Panasonic), módulos e inversores.
A Tesla diz que esta integração vertical ajudará reduzir custos e fazer um sistema sem emenda. A AES diz que lidar com uma cadeia de fornecimento diversificada permite que ela busque o preço mais barato e a melhor tecnologia no mercado.
É o mesmo debate acontecendo no negócio de carros elétricos, onde a Tesla está fabricando uma porcentagem sem precedentes de suas próprias peças em casa.
Seja como for, ficamos ansiosos para ver os impactos que estes avanços terão aqui no Brasil (apesar de estarmos alguns anos “luz”atrás).