Para mostrar como foi o 1º semestre de 2020 para o mercado de energia solar, a Greener empresa de pesquisa e consultoria especializada no setor de energia solar fotovoltaica, desenvolveu uma pesquisa que entrevistou mais de 2 mil empresas integradoras.
Neste estudo foram obtidos dados da ANEEL que mostram que logo após o fechamento do primeiro semestre de 2020, a geração de energia solar distribuída atingiu a marca de 3GW.
O número de instalações conectadas à rede e unidades consumidoras recebedoras de crédito solar, tiveram um aumento de mais de 30% em relação ao ano anterior.
Quando falamos do volume acumulado de sistemas fotovoltaicos conectados à rede por estado, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo continuam se mantendo na liderança. As regiões Sul e Sudeste representam, juntas, 66% do volume total de geração distribuída.
Os dados obtidos por meio do estudo também mostraram que as vendas de sistemas fotovoltaicos, neste ano, aconteceram principalmente por meio de financiamento bancário. O banco Santander foi a que mais realizou este tipo de transação, seguido pelo BV e a Sicredi.
O valor de estimativa de payback dos sistemas solares residenciais foi de R$4,76/Wp em 2020. Para chegar neste cálculo, levou-se em consideração a produtividade local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, a Performance Ratio (PR) de 75% e o índice de simultaneidade que foi de 30%.
Se comparado com a pesquisa realizada no semestre anterior (em 2019), é possível notar que o tempo de payback desse tipo de sistema para residências, diminuiu, em média, 4,6%. Já nos três estados líderes em potência instalada, a redução foi 2,9% em Minas Gerais, 3,6% no Rio Grande do Sul e 6,1% em São Paulo.
O valor de estimativa de payback dos sistemas solares comerciais foi de R$ 3,70/Wp. Levando em consideração para esse cálculo a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR de 75% e índice de simultaneidade de 70%.
Em relação a última pesquisa realizada, o tempo de payback teve um aumento, em média, de 13%. Já em Minas Gerais o aumento foi de 14%, seguido do Rio Grande do Sul com 15% e São Paulo com 11%.
Impacto da Covid-19 no setor fotovoltaico
Com o início da pandemia, os canais de atendimento para a contratação desse tipo de sistema mudou, segundo a maioria das empresas. Foi notado que as vendas online tiveram um aumento de 40%, o que antes que era bem menor chegando a apenas 10%.
Outra mudança percebida por meio dessa pesquisa é que 74% das empresas entrevistadas disseram que a procura por sistemas residenciais aumentou consideravelmente.
Perfil do cliente final para o mercado de geração distribuída
A novidade este ano é que a Greener acompanhou também o mercado pela perspectiva dos clientes finais, e contou com 410 pessoas que já possuem o sistema fotovoltaico instalados e os adquiriram a partir de 2017.
Diante disso, foi notado que o sistema solar está sendo procurado por um público cada vez mais jovem. Neste ano, 55% das pessoas que adquiriram o sistema possuíam menos de 50 anos, em 2017 eram apenas 22% dos entrevistados.
Com a diminuição dos valores das placas solares fotovoltaicas para cliente final, pessoas com rendas menores começaram a participar da compra de sistemas de geração solar.
Principais Conclusões
A conclusão para o mercado em 2020 é que com o aumento cambial superior a 30% pressionando os custos de estoque dos distribuidores, os preços dos módulos fotovoltaicos tiveram uma queda dentro do mercado internacional.
Claro que apesar das incertezas devido à pandemia e à crise econômica que o país está vivendo, o mercado está mostrando sinais de retomada nos setores mais afetados, e já projeta um crescimento no 2º semestre.
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