No mês em que o presidente Donald Trump se comprometeu a retirar-se do acordo climático de Paris, as ações das empresas de energia solar dos Estados Unidos tomaram uma curiosa mudança de rumo: elas subiram bruscamente.
As duas maiores empresas de instalação de painéis solares dos telhados dos EUA (Sunrun e Vivint), embarcaram em suas maiores altas do ano, desde o anúncio do presidente Trump.
A SunPower, o segundo maior fabricante de painéis fotovoltaicos americanos, também teve um crescimento de 19%.
A disputa surge em um momento onde o petróleo e os estoques de energia em grande escala tem apresentado um declínio (o que aparentemente não tem nada a ver com Paris).
Em vez disso, os analistas dizem que é alimentado pela dinâmica que geralmente conduz a instalações de energia limpa: políticas estaduais e preços dos equipamentos.
Há certamente coisas que o Trump e o Congresso podem fazer para afetar esta indústria de forma significativa no curto prazo, porém, Paris, não está na lista.
Dias após a saída dos EUA do Acordo de Paris, os legisladores estaduais em Nevada começaram a avançar para tornar a energia solar mais acessível. Nevada é um dos lugares com maior radiação solar do país, mas tem se tornado um mercado estagnado para a energia solar desde que os reguladores reduziram os subsídios do painél em 2015.
A nova legislação, já assinada pelo governador Brian Sandoval, restaurou em grande parte esses créditos e desperta especial interesse das grandes empresas de energia solar.
Trump, claro, tem alguma habilidade de influenciar os mercados, mas parece que a energia solar fotovoltaica ainda tem força para romper barreiras.